sábado, 12 de janeiro de 2013

Fiquei Com Seu Número


Esse foi o primeiro livro da Sophie Kinsella que li, confesso que a sua série sobre Beck Bloom e seus delírios não me atraíram, mas Fiquei com o seu número me chamou atenção pelo simples fato de enquanto vivemos a fase atual onde o conteúdo adulto é que tem se destacado nas prateleiras de livrarias por todo o mundo, Fiquei com o seu número é o tipo de livro que você pode recomendar para a sua priminha de 15 anos, sem a sua tia querer te matar!

A autora nos apresenta à Poppy, uma mulher que está prestes a se casar com Magnus.

Magnus é de uma família de pessoas com um QI acima do normal, cujos jogos de palavras cruzadas são sempre uma disputa para pontuações maiores e colocações melhores no ranking familiar - o qual Poppy só é incluída quando trapaceia com a ajuda de Sam, um homem de negócios que entra na sua vida de um jeito inesperado.

Ao ter o celular roubado e perder o anel de noivado que pertenceu a avó de Magnus, Poppy entra num ciclo de puro desespero. É quando acha, no lixo, um celular que liga e funciona bem - e como ninguém tinha ido o procurar, resolve ficar com ele. Acontece que o aparelho era da assistente de Sam, que não parece tão disposto a permitir que uma desconhecida fique com um celular que é da empresa onde trabalha.



Sam logo vai descobrir que Poppy consegue ser bem insistente quando quer alguma coisa, e que, apenas talvez, não tenha sido tão ruim assim que ela tenha conseguido ficar com o celular da assistente dele, afinal. Em meio a uma série de problemas e situações, Sam e Poppy vão se conhecendo, saindo apenas das trocas de mensagens e e-mails.

Sophie nos faz rir com Poppy e suas situações e pensamentos, nos leva a uma paixão pelo homem que vamos conhecendo em Sam e nos engana quanto a peronagens que pareciam tão óbvios no início. Ela consegue nos envolver em uma narrativa que gruda as mãos nos livros ao mesmo tempo em que queremos diminuir o ritmo para não sairmos daquele universo. Confesso que ao princípio as notas de rodapé me cansaram um pouco, mas com o passar da leitura, me faziam gargalhar.

É divertido, inteligente, engraçado, emocionante e tão bem escrito que nos deixa querendo mais do casal, mais da escritora e mais do universo que o livro cria. É impossível não amar.

Confesso que quero uma continuação desse livro , afinal, Sam agora usa emoticons em seus e-mails! Uau!

Resenha por Letícia

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

"Para Sempre", uma lição de vida


Para Sempre é uma história que por si só já daria um bom roteiro –Kim conhece Krickitt da maneira mais inusitada: ela é a moça do telefone quando ele liga para outro estado para comprar um material esportivo. E ambos entendem que são almas gêmeas antes mesmo de se conhecerem ou se quer se olharem. Mas esta não é a história principal. Casados há apenas algumas semanas, eles sofrem um grave acidente de carro. Kim corta todas as suas costas com os vidros quebrados na batida, mas é Krickitt quem fica entre a vida e a morte ao ser quase esmagada no banco do motorista. Ninguém achava que ela sobreviveria, os médicos davam a situação como perdida, e, a partir daí, todos sabem, só um milagre poderia salva-la.

Kim abre mão de ser internado para que cuidasse de seus machucados para ficar ao lado da mulher de sua vida. Sabendo que ninguém acreditava que ela sobreviveria, Kim recorre a única coisa que pode no momento: sua fé. Poderia ser só mais um outro testemunho sobre milagres e fé que tanto se vê por aí, mas o livro trás muito mais do que isso. Quando Krickitt, milagrosamente, sai do coma, Kim tem que enfrentar uma nova realidade: sua mulher não se lembra de nada do que aconteceu no último um ano e meio. E, consequentemente, ela não se lembra dele!

"Para Sempre é uma história verdadeira
 sobre a reconstrução de um casamento
 depois de um evento traumático que poderia ter feito a
 maioria das outras pessoas desistir,
mas que para eles foi a chance de
um novo recomeço"


Kim poderia ter desistido. Certamente seria o caminho mais fácil. Ela não se lembra nem sente nada por ele e é muito pouco parecida com a mulher que ele se apaixonou –essencialmente Krickitt morre no acidente, separando a vida deles de antes e depois de quase morrer – Ninguém o julgaria se ele simplesmente deixasse para lá. Mas, como se fosse um personagem de Hollywood, ele não só fica como não se cansa até reconstruir seu casamento com a única mulher que ele realmente ama.

Para Sempre –apesar da narração deixar a desejar em alguns pontos –já venderia muito se fosse só mais um romance. Mas é mais do que isso. É uma história real, de comprometimento, de entrega, de amor. Num mundo em que cada vez as pessoas desistem das relações por muito menos, Kim nos mostra que o amor verdadeiro vai muito além disso: as coisas só dão certo quando a gente acredita, quando não se desiste, quando você põe toda a sua fé naquilo e faz dar certo. O livro é uma lição de vida. E a história deles uma lição de fé e de amor incondicional.

Viva a Kim! Viva a Krickitt! Que em pleno século 21 nos mostra que ainda há razões para se acreditar num felizes para sempre bem longe dos contos de fadas que lemos e compramos por aí...







Resenha feita por Fernanda Campos